AGÊNCIA NACIONAL DA SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS) SUSPENDE LIMITE DE CONSULTAS E ESTENDE O DIREITO A MAIS SESSÕES INDEPENDENTE DO DIAGNÓSTICO

No dia 11 de julho, a ANS retira restrição que impedia o paciente de terminar o tratamento, visto que só poderiam ser realizadas obrigatoriamente um número x de consultas pré determinadas. Entretanto, agora quem usa plano de saúde e for se consultar com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas tem direito a ter quantas consultas o profissional indicar para finalização do tratamento.
Antes disso, no dia 1° de julho, a ANS já havia tomado a decisão de deixar livre a quantidade de sessões para pessoas portadoras de transtornos globais do desenvolvimento, como transtorno do espectro autista, síndrome de Asperger e síndrome de Rett.
Anterior a mudança, pacientes com plano de saúde só previam obrigatoriamente 2 consultas por ano de fisioterapia e terapia ocupacional para cada doença acometida pelo paciente, 24 sessões de fonoaudióloga (caso você se encontrasse na listagem com 11 condições: linguagem precipitada, fenda labial, dislexia, apneia do sono, queimaduras e corrosão da cabeça ou pescoço); E as sessões com psicólogo podiam ser 12 por ano (somente candidatos a cirurgias, implante coclear e ostomizados), 18 por ano ( transtornos neuróticos, estresse e síndromes comportamentais) ou 40 por ano (esquizofrenia, transtornos delirantes, globais do desenvolvimento, da alimentação e do humor).

Para a publicitária, de 26 anos lidar com transtorno que carrega não tem sido fácil. A pessoa com transtorno borderline ou TPB precisa no dia a dia enfrentar suas próprias oscilações de humor.

Hoje a jovem não toma medicamentos, mas faz acompanhamento com terapeuta. Tendo suas sessões limitadas dificilmente alcançaria a estabilidade da doença, como agora:

“Antes eu achava que terapia não resolveria” conta, mas após fazer tratamento, garante que se sente muito melhor, ainda mais quando associou o tratamento com esportes.

Para ela essa decisão da ANS foi ótima, pois o modelo que existia antes era horrível e prejudicava pessoas com variados transtornos.

Segundo o professor e advogado Ivan Deus Ribas, de 43 anos a mudança foi muito positiva para aqueles que serão beneficiados por um tratamento adequado. E exemplifica para maior entendimento:
” Se o médico escrever na orientação durante o procedimento do tratamento que o paciente deve ter atendimento psicológico semanal, então isso se sobrepõe ao que a cooperativa como operadora de saúde, apenas administradora, deve cumprir”.

A partir do dia 1° de Agosto, essa nova medida começa para todos que se utilizam de qualquer plano de saúde.

Texto por Helena Werneck

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