Campanha Maio Amarelo deste ano tem como tema “No trânsito, escolha a vida”

A campanha Maio Amarelo é um movimento internacional criado em 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como intuito chamar a atenção de motoristas, motociclistas, ciclistas, pedestres e condutores de todas as categorias a respeito do alto índice de mortos e feridos no trânsito. Esse ano o tema escolhido foi “No transito, escolha a vida” e busca sensibilizar pedestres e motoristas a escolher as melhores formas de conduta segura no trânsito

A ideia para a criação da campanha surgiu a partir de um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a situação da segurança no trânsito em 178 países, que constatou que no ano de 2009 cerca de 1 milhão e 300 mil óbitos foram registrados no trânsito em todo o mundo. A partir desse estudo a ONU criou uma resolução que instituiu o período que compreende os anos entre 2011 e 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. A medida tinha como objetivo criar planos para reduzir o número de mortes de trânsito em nível global.

Segundo dados do Ministério da Saúde, só no ano de 2021 foram registradas 31.468 mortes no trânsito no Brasil. Já em Cuiabá, segundo dados da Comissão de Coleta, Análise de Dados e Gestão da Informação foram registradas 108 mortes no trânsito em 2021.
Já no levantamento feito pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) os erros humanos contribuem para 8 em cada 10 acidentes de trânsito. Entre os erros mais comuns estão a falta de atenção, uso de álcool, consumo de drogas e sonolência.

A Coordenadora das Ações Educativas de Trânsito do Detran-MT, Gresiella Almeida explica que a escolha do tema deste ano tem como objetivo mudar os maus hábitos de direção através da conscientização das escolhas que as pessoas podem fazer no trânsito.

“A gente faz a abordagem em cima da temática e traz esse processo de sensibilização para uma elevação de consciência de que todos nós somos atores dentro do trânsito. Atores práticos e atuantes dentro do processo. O tema muda, mas o ponto focal sempre é respeitar e salvar vidas. Porque a campanha parte do princípio de que nenhuma morte é aceitável no trânsito”, afirma.

A coordenadora explica ainda que diversas ações serão feitas ao longo do mês de maio buscando atingir o maior número de pessoas. “A gente está realizando ações de pit stop educativo que é o momento de falar com esses condutores na parada rápida do semáforo. Além do “Amigo da Rodada” em conjunto com as forças de segurança, indo aos bares e conversando com essas pessoas que estão fazendo o consumo da bebida alcoólica e as orientando sobre as possíveis consequências. Além de palestras em empresas privadas, escolas e órgãos públicos “, completou.

Grasiella também fala a respeito da mudança do termo “acidente de trânsito” para “sinistro de trânsito” no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) “O sinistro é algo que pode ser evitado, é algo que vem através de alguma ação humana. Foi algo que foi provocado por alguém. Seja por excesso de velocidade, seja por uma ultrapassagem indevida, por furar um sinal vermelho, por não fazer manutenção preventiva no veículo, por não usar capacete, entre outros.

É importante ressaltar que mesmo com todo empenho do Poder Público, da Sociedade Civil e de outras instituições e com alguns avanços como a institucionalização no Brasil da Lei que rege o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) a ONU já instituiu o período entre os anos de 2021 e 2030 como a “Segunda Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. visto que as metas impostas na primeira década não foram todas cumpridas.

A previsão da ONU era de que ao final da década haveria uma diminuição de cerca de 50% do número de óbitos no trânsito, porém segundo o estudo “Sistemas Seguros e Visão Zero no Brasil: seu impacto na primeira década de ação pela segurança no trânsito da ONU” realizado pela Fundacion MAPFRE que analisou dados de 155 municípios brasileiros com mais de 200 mil habitantes a redução de óbitos no trânsito no Brasil chegou apenas a 34%.

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