A alegação foi feita em Conferência global realizada nos EUA. Mas, apesar do potencial de expansão do Estado, estudos apontam que o método pode causar danos ambientais.
Durante a participação do Global Conference Water for Food, evento realizado em Nebraska, nos EUA no início do mês de maio (08), o governador do Estado, Mauro Mendes, defendeu a expansão da irrigação na agricultura mato-grossense, por meio da utilização de recursos hídricos subterrâneos.
De acordo com o governador, com a implantação da irrigação no sistema de produção de grãos, o Estado terá capacidade para produzir mais, já que o método pode atingir cerca de 4 milhões de hectares plantadas em Mato Grosso.
Essa afirmação foi baseada no estudo realizado por meio de uma parceria entre a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT).
Os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileio de Geografia e Estatística (IBGE) , mostraram que o Estado mato-grossense apresenta atualmente mais de 150 mil hectares de plantações irrigadas. Este número corresponde a 4.500, dos 118.679 estabelecimentos agrícolas do Estado.
De acordo com a pesquisa, Mato Grosso é o Estado com maior potencial para expansão dos métodos de irrigação.
Para os grandes produtores a irrigação vai ajudar a manter a produção mesmo com a falta de chuva ocasionada pelas mudanças climáticas. Além do valor para implementação não ser acessível a todos os produtores rurais, pesquisadores do setor agrícola chamam atenção para o método de irrigação.
De acordo com estudos publicados pelos pesquisadores, Luiza Teixeira de Lima Brito, Marcos Brandão Braga, e Tarcisio Nascimento, a prática de irrigação pode modificar o ambiente local e regional, já que para a sua implementação, é necessário realizar construções de reservatórios de armazenamento de água, além de canais, drenos e adutoras.
Somando a esse fator está a contaminação da área, por meio de resíduos de agroquímicos; a degradação do solo, já que o uso inadequado dos métodos de irrigação podem causar erosões, e, por fim, o uso inadequado dos recursos hídricos.
Para ter acesso a pesquisa acesse: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/89980/1/Luiza.pdf
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